quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O COEFICIENTE DE ATRITO CINÉTICO DEPENDE DA ÁREA DE CONTATO? - RELATÓRIO


 
O COEFICIENTE DE ATRITO CINÉTICO DEPENDE DA 

ÁREA DE CONTATO?
 
Flávio de Oliveira Silva D'Amato, Guilher Monteiro de Carvalho Rijo,
Jadson Melo Monteiro, Lucas da Silva Ferreira
Instituto de Física - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Física Licenciatura Plena – Projetos Integradores 4

INTRODUÇÃO

O coeficiente de atrito é uma grandeza que se mede através do contato entre duas superfícies, independente de um dos materiais. Ele é definido como o coeficiente angular da força de retardo (atrito) do movimento de um objeto em um plano inclinado com a força normal a superfície de contato desse objeto. A presente preocupação é, saber se, quando aumenta-se a área de contato (mantendo a massa constante), existe variações no valor do coeficiente de atrito, uma vez que o mesmo é definido de acordo com a rugosidade das duas superfícies. Para tal análise, ultilisou-se o programa tracker, sabendo que, com a informação da aceleração resultante, é possível calcular o valor do coeficiente de atrito dinâmico, para os casos de áreas de contato diferentes.
 

Fig. 1: Análise de movimento em plano inclinado para o cálculo do coeficiente de atrito dinâmico.


Para o cálculo do coeficiente de atrito dinâmico, foi utilizada a segunda lei de Newton, onde a somatória de todas as forças em um corpo, é igual a massa vezes a aceleração. Como segue,

.                                                                (1)

O movimento do objeto está restrito a somente uma direção, chamaremos tal direção de . Desta forma tomaremos somente as componetes de força na direção . Assim,

,                                              (2)

Onde o coeficinte de atrito dinâmico será dado por

  .                                                       (3)

A partir da equação 3, nota-se que o coeficiente de atrito depende unicamente no ângulo de inclinação e da aceleração resultante.



RESULTADOS

A partir dos procedimentos adotados, para a coleta de dados de posição versus tempo no Tracker, obteve-se os pontos a cada três quadros, na situação 1, onde a superfície de contato é a face quadrada de um CD de áudio. O gráfico 1 mostra a posição versus tempo.


                                                         Gráfico 1: plano inclinado com atrito. situação 1.

Este gráfico nos motrou um movimento acelerado, pois a curva se trata de uma parábola. O valor da aceleração do objeto foi tomado da tabela 1, gerada pelo prórpio Tracker.

Tabela 1: plano inclinado com atrito, valores de aceleração. Situação 1.

Com os valores de aceleração obtidos, tornou-se possível fazer uma média, afim de determinar o coeficiente de atrito dinâmico do sistema. Encontrou-se assim que,

,

e com o valor do ângulo de 25,5°, obteve-se um coeficiente de atrito dinâmico de



No caso 2, utilizando a área de contato do objeto com o plano igual a área de 3 CD, obteve-se dados semelhantes aos dados da situação 1, visto no gráfico e tabela 2.


                                                        Gráfico 2: Plano inclinado com atrito. situação 2.


A aceleração resultante foi calculada realizando-se uma média com as acelerações medidas de dois em dois quadros do vídeo. Dessa forma, tem-se que,

.


Tabela 2: plano inclinado com atrito, valores de aceleração. Situação 2.
 
E com a mesma inclinação do plano, de 25,5°, foi obtido um coeficiente de atrito dinâmico de

.

Comparando o resultado do coeficiente de atrito da situação 1 com a situação 2, foi visto que a variação do coeficiente de atrito com a variação da ária de contato, foi praticamente despresível, pois o desvio está na segunda casa decimal, e avariação da área entre as duas situações, é de três vezes. Com isso, pode-se concluir que o coeficiente de atrito não depende da área de contato, como já era esperado na equação 3.